23/05/2011 - O Globo
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) quer adequar as rodoviárias do país à nova realidade que se pretende com a licitação das linhas de ônibus. A ideia é lançar um “caderno de encargos” para que possam se habilitar e acompanhar as mudanças que serão impostas aos ônibus que circulam pelo país.
- Não adianta os veículos serem adaptados para cadeirantes se não há rampas nas rodoviárias, por exemplo - diz Bernardo Figueiredo, diretor-geral da ANTT.
Os terminais de ônibus são administrados por estados e municípios na sua maioria, mas muitos são terceirizados. Já existem no país empresas especializadas em administrar terminais de ônibus interestaduais, pela gestão de tráfego, acesso, estacionamentos, do fluxo de passageiros, cargas e serviços prestados aos usuários, como lanchonetes, primeiros-socorros, guarda-volumes e banheiros.
Uma das rodoviárias consideradas modelo por Figueiredo é a de Brasília. Para ele, o acesso é um dos pontos críticos das rodoviárias do país:
- O Rio tem um projeto de fazer uma nova rodoviária, porque a atual está estrangulada pela cidade.
Manter rodoviárias funcionais e bem equipadas é uma das missões do “caderno de encargos” da ANTT, para manter os usuários e conquistar novos, como a funcionária pública Maria Aparecida Ferreira que prefere usar ônibus ao avião para ir de Brasília para Belo Horizonte:
- Mesmo sabendo que o preço da passagem de avião era mais barata preferia ir de ônibus porque não precisava esperar muito tempo para seguir viagem - diz Maria Aparecida, destacando um deslocamento de quase uma hora entre aeroporto e rodoviária. (Vivian Oswald e Mônica Tavares)
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